Com as ventas no Chão
Desistir é uma coisa que raramente faz parte da minha vida. Aliás, estou desconfiada que há boas chances de no meu ADN não haver uma percentagem elevada desta característica.
Quando me deparo com algum problema e depois de bem analisada a situação, sou rapariga para contra tudo e contra todos, dar um passo em frente, em direcção ao precipício. Ora este passo em frente, muitas das vezes significa que quando chego ao chão ainda se vão partir uns ossos. E se isto é coisa para logo à partida fazer a larga maioria de vocês recuar antes de dar o tal passo em frente (porque são muito mais espertos do que eu), eu tenho fé de que no máximo chego lá abaixo só com um entorse.
Mas esta minha crença é de tal maneira rija, que dura até depois de eu verificar e comprovar que efectivamente não só parti os ossos todos como, na aterragem, ainda dei com as ventas no chão e do lado esquerdo da boca tenho um buraco que se estende desde os incisivos centrais aos terceiros molares.
Isto tudo a propósito do excesso de confiança que tenho nos outros. E isto é um problema para mim, já que me traz vários dissabores, sendo os maiores deles a auto punição e o sentimento de culpa com os quais me recompenso, porque de todas vezes que me levanto sem metade da cramalheira lembro-me que se calhar tinha sido boa ideia não ter saltado.
Mas julgam que sossego depois disso? Nem pensar, que o Senhor Deus manda dar a outra face.
A última vez que dei um salto destes foi há cerca de sete anos atrás quando confiei. Sete anos depois dei novamente com as fuças no chão. Desta vez, não sei se volto a subir lá acima.
Isto tudo a propósito do excesso de confiança que tenho nos outros. E isto é um problema para mim, já que me traz vários dissabores, sendo os maiores deles a auto punição e o sentimento de culpa com os quais me recompenso, porque de todas vezes que me levanto sem metade da cramalheira lembro-me que se calhar tinha sido boa ideia não ter saltado.
Mas julgam que sossego depois disso? Nem pensar, que o Senhor Deus manda dar a outra face.
A última vez que dei um salto destes foi há cerca de sete anos atrás quando confiei. Sete anos depois dei novamente com as fuças no chão. Desta vez, não sei se volto a subir lá acima.
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