Ciao, Napoli (parte I)

Itália era um desejo há muito adiado. Digo adiado porque já tinha estado muito perto de ir, mas não se proporcionou.

Desta feita, surgiu a oportunidade e não ia adiar mais. O destino era controverso: Nápoles. Li muito sobre a cidade - que ou se ama ou se odeia - e decidi dar uma oportunidade. Foi daquelas decisões que nem sequer foram muito bem pensadas porque o desejo de viajar é imenso. 

Confesso que tinha medo, muito medo. Todas, ou quase todas as opiniões de terceiros diziam que não valia a pena, que cidade era suja, que a taxa de criminalidade era elevada... enfim, um sem número de motivos que fazem tremer as pernas a qualquer pessoa e que fazem desistir da ideia antes sequer de ter os bilhetes comprados (o que é até sensato, atenção!). Porém, eu vou com medo, mas vou na mesma! Às vezes só não experimentamos algo pelo medo de não gostar, de não corresponder às expectativas ou de nos acontecer alguma coisa (e volto a frisar que é sensato!). No entanto, o medo é aquele bicharoco que nos faz perder coisas sensacionais. 

Assim, juntei mais três pessoas - marido, irmão e mãe - e lá fomos nós.

Vamos então por partes, esperando que consiga acabar este post ainda esta semana 😜

Esta é a parte da preparação da viagem até chegar ao Aeroporto Internacional de Nápoles.

Comparar preços dos voos

Nada, mas nada bate a pesquisa antecipada. É a única forma de se conseguir os preços mais baixos. É certo que por vezes à última da hora encontramos preços que nos fazem pensar que devíamos ter esperado mais um pouco, mas por vezes estes preços mega baixos trazem algumas condicionantes agregadas e como eramos 4, decidi jogar pelo seguro e comprar os bilhetes de avião com uma antecedência de cerca de 3 meses. Vi também que a combinação de preços (ida e volta) mais barata era aquela que nos permitiria ficar em Nápoles cinco noites, num Airbnb. Considerando que voámos pela Ryanair (mais uma controvérsia) e os bilhetes não eram todos iguais - porque para poupar mais uns trocos, nem toda a gente tinha duas malas e embarque prioritário - o preço dos voos para os quatro andou à volta dos 230€, o que dá menos de 60€ por pessoa. 😱

Comparar preços dos alojamentos

É um facto: alojamentos em casas privadas com cozinhas ou kitchenette permitem poupar dinheiro. Ao comprar os alimentos e confeccionar as próprias refeições não ficamos condicionados a não gostar da comida local (se bem que era Itália, era Nápoles e "não havia a mínima hipótese de não gostarem de pizza", pensam vocês. Pensam mal. Mamã não gosta de pizza. Mas não vamos divagar, que já vos explico melhor como nos "safamos").

Andei semanas, literalmente, com a cabeça enfiada em sites como booking, Airbnb e outros à procura do alojamento que nos fosse mais favorável. Precisava de ser uma coisa mais ou menos central, que nos permitisse explorar a zona em volta, mas que não ficasse muito afastada da Estação Central, já que o objectivo era também explorar as redondezas. Precisava de ter cozinha ou kitchenette. Precisava de ter pelo menos um quarto ou dois. Achei no Airbnb. Ficou em cerca de 225€ (pago em duas vezes), cinco noites para 4 pessoas. Também considerei uma vitória. 👌

A viagem de ida

Moramos a cerca de 1h30 de Lisboa e há sempre aquela despesa extra com transporte e estacionamento que encarece a viagem. No nosso caso, encareceu em mais 85€ (raios partam o aeroporto de Beja!), já que para além da gasolina, deixámos o carro no Easyparking, em Prior Velho. Na realidade, é uma óptima opção para quem é de longe e não conhece ninguém na zona e que não tem onde deixar o carro sob vigilância mais ou menos constante. Também é um "plus" o pessoal do Easyparking nos levar ao Terminal do aeroporto e também nos ir buscar à chegada.

Chegámos ao aeroporto com a devida antecedência e depois de passar pela segurança, ainda aguardámos cerca de 2h no terminal 2, tempo mais que suficiente para dormir uma sesta e tomar um cafézinho antes de embarcar.

Três horas depois, aterrávamos em Nápoles e começava a aventura.

Confiram aqui a viagem em si!